domingo, dezembro 31, 2006

(lembras-te, amora?)



e que 2007 nos traga a todos alguma paz.
(a ouvir pérolas)
que o nosso sorriso se abra mais vezes, que ecoe na sombra de quem amamos e aqueça as veias por onde vivemos.
que o sol nos descubra.
nas últimas horas, refaço-me ao sabor das memórias.
e prometo conseguir, apenas, ser eu.
porque, afinal, resoluções de ano novo são apenas velhas promessas.
todos os dias são novos, basta sabermos por onde começar.

sábado, dezembro 30, 2006

fiona.

fast as you can
baby run
free yourself of me
fast as you can

se.

(carlos matos)
se mergulhar bem fundo talvez regresse pura.

sexta-feira, dezembro 29, 2006

perdidos e achados.

alguém viu por aí o meu sistema imunitário?

hallelujah.

I did my best, it wasn't much
I couldn't feel, so I tried to touch
I've told the truth, I didn't come to fool you
And even though
It all went wrong
I'll stand before the Lord of Song
With nothing on my tongue but Hallelujah.


o suspiro mais triste do mundo vê acabar uma vida que sonhei.
agora tenho de inventar outra.
crash, went the sound of a hundred dreams breaking down down down.
mas talvez tenhas razão...

quinta-feira, dezembro 28, 2006

about a girl.

(kurt halsey)


descer escadas incógnitas e gostar
sem saber o ponto final da história.



inspirar navegantes.
;)

quarta-feira, dezembro 27, 2006

vinte e sete de dezembro de dois mil e seis mais vinte e dois anos e uma amizade sem número.

i'll always be by your side
even when you're down and out
i'd wear your black eyes
bake you apple pies

cocorosie, by your side.

amora circular, sem princípio nem fim, parabéns.
serás sempre o meu poema com asas.

domingo, dezembro 24, 2006

a véspera e o dia.


ao olhar para a intermitência das luzes, lembrou-se que não sabia do interruptor das presenças contínuas.

and I ran with a heart on fire.

t. s. eliot mentiu-me.
abril foi o primeiro mês.

sábado, dezembro 23, 2006

feliz natal.
:)

sexta-feira, dezembro 22, 2006

ironia muda.

num dia afónico, sente que falou mais do que nos dias de palavras plantadas na língua.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

e diz-me, consegues? consegues ler-me? é que sinto que sou um livro aberto para ti. as saudades são mais que muitas quando cada coisa tem o teu nome escrito. cada dia acorda para ti. nos meus passos ressoa a ausência e um vazio, cheio de ti até transbordar, repleto por ti. as pequenas vitórias tornam-se gigantescas quando sorris e te orgulhas de mim. de mim, logo de mim, que te roubei a inocência, aquilo que te emprestava o brilho de um planeta distante.
deixa-me ir contigo.
deixa-me ficar contigo.
assim, só contigo.




...




sim, eu sei. pede-se sempre o impossível.
mas nunca se deve sonhar ao nível do chão.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

poesia polvilhada com estrelas para dias de ausência de luz.

no princípio era tudo denso e escuro
não se via um palmo em frente
o futuro pelo contrário
é cada vez mais transparente

[jorge sousa braga, pó de estrelas].











*gulbenkian.

terça-feira, dezembro 12, 2006

teresa silva

On the corner of main street
Just tryin' to keep it in line
You say you wanna move on and
You say I'm falling behind

Can you read my mind?
Can you read my mind?

Oh well I don't mind, you don't mind
Cause I don't shine if you don't shine
Before you go, can you read my mind?

the killers

banda sonora de dias frios, muito frios.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

melodia.


I want to know what you got to say
I want to know what you got to say
I want to know what you got to say
I can tell you taste like the sky cause you look like rain
You look like rain
...

morphine.

fantástico.

sábado, dezembro 09, 2006

sorrisos numéricos.


o oito é um número redondo.
a felicidade é redonda.
(não se sabe bem onde estão o início e o fim da felicidade circular.)
o oito é um número feliz.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

natal.

Im driving home for christmas
Oh, I cant wait to see those faces
Im driving home for christmas, yea
Well Im moving down that line
And its been so long
But I will be thereI sing this song
To pass the time away
Driving in my car
Driving home for christmas
So I sing for you
Though you cant hear me
When I get trough
And feel you near me
I am driving home for christmas
Driving home for christmas
With a thousand memories
possivelmente a minha cancção de natal favorita que acabou de passar na rádio. chris rea.

a fazer madrugadas, descobri...

... que as horas que não são dia nem já bem noite me fazem pensar na vida. no que já lá foi, no que vai, no que pode vir. em ti, nela, neles, nelas, em todos. penso que tenho sorte, no fundo. tenho amigos verdadeiros que nunca me abandonaram quando as coisas se tornaram difíceis. tenho uma família que me adora (e isto é um feito, porque levam com o meu mau feitio de cada vez que lá vou). tive mais coisas boas que más ao longo da vida. ou então já me esqueci de algumas das más. é provável. a minha memória é... selectiva, para utilizar um eufemismo. no entanto, consigo lembrar-me de uma lista de verbos franceses que aprendi no secundário já não sei porquê: aller, venir, arriver, partir, rester, tomber, entrer, sortir, mourir, naître, monter et descendre. estupidamente, eu sei, muitas vezes esqueço-me do meu número de telemóvel. no entanto o recitar destes verbos permaneceu comigo, a imagem deles escritos no quadro negro, a sala de aula, a professora, os colegas. descobri que não faço muito sentido a estas horas e que estou a escrever não sei porquê. tive uma pausa, e deu-me para isto. quem resistiu e ainda me está a ler ganhou o céu. ou o euromilhões, como preferirem...

mimo.

hoje fiz alguém feliz.
sabe tão bem.
:)

quinta-feira, dezembro 07, 2006

04:21...

... e isto faz um sentido triste.


flames to dust
lovers to friends
why do all good things come to an end?

(nelly furtado)

quarta-feira, dezembro 06, 2006

shhh...

"nobody knows it
but you've got a secret smile
and you use it only for me..."
(semisonic)
certas coisas nunca vão desaparecer.

terça-feira, dezembro 05, 2006

a simplicidade não se veste, anda nua.

where is my love
where is my love
horses galloping
bring him to me

where is my love
where is my love
safe and warm
so close to me
in my arms
finally
there is my love
there is my love.

[cat power].

afinal, o futuro próximo já chegou.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

...

Love ridden, I’ve looked at you
With the focus I gave to my birthday candles
I’ve wished on the lidded blue flames
Under your brow
And baby, I wished for you
Nobody sees when you are lying in your bed
And I wanna crawl in with you
But I cry instead
I want your warm, but it will only make
Me colder when it's over
So I can’t tonight, baby
No, not ‘baby’ anymore - if I need you
I’ll just use your simple name
Only kisses on the cheek from now on
And in a little while, we’ll only have to wave
My hand won’t hold you down no more
The path is clear to follow through
I stood too long in the way of the door
And now I’m giving up on you
No, not ‘baby’ anymore - if I need you
I’ll just use your simple name
Only kisses on the cheek from now on
And in a little while, we’ll only have to wave

fiona apple

...

futuro próximo? custa tanto a aceitar...

domingo, dezembro 03, 2006

cinzento.


"de todas as vezes que observas nas notícias uma paisagem devastada pela força da corrente, como essa, repetes a ti próprio: é exactamente assim que o meu coração se sente".



haruki murakami


... palavras para quê.


sábado, dezembro 02, 2006

o que eu me rio a esta hora tão fria.


"Nosso presidente ser um homem glorioso. Ganhou posição através, não de meios primitivos como usados aqui no Ocidente, contagem de votos, mas com provas mais difícil. O nosso presidente foi vencedor porque conseguiu carregar mulher às costas contra vontade dela durante muitos quilómetros, 14, muito bom marca no cronómetro. Também ser líder muito forte. Único homem no meu país que conseguiu ter bateria de carro pendurada em sacolas de testículos durante três segundos. Você quanto tempo consegue?"


sexta-feira, dezembro 01, 2006

José Luís Peixoto.


não há nenhuma diferença entre aquilo que aconteceu mesmo e aquilo que fui distorcendo com a imaginação, repetidamente, repetidamente, ao longo dos anos. não há nenhuma diferença entre as imagens baças que lembro e as palavras cruas, cruéis, que acredito que lembro, mas que são apenas reflexos construídos pela culpa.
in Cemitério de Pianos.

gargalhadas, muitas muitas gargalhadas!


aqui!



fez-me começar bem o dia.