sábado, abril 28, 2007

da semiótica e do amor.

ela percebeu que o amor era ainda maior, quando ele lhe tentou explicar as teias do coração através da semiótica e do seu objecto.

sexta-feira, abril 20, 2007

quinta-feira, abril 19, 2007

músicas ondulantes.


you came to take us
all things go, all things go
to recreate us
all things grow, all things grow
we had our mindset
all things know, all things know
you had to find it
all things go, all things go


sabe bem às vezes não pensar em nada e ouvir apenas, como se das notas nascesse a resposta.

quarta-feira, abril 18, 2007


"avancer toute voile dehors
la la la la la...
et danser encore"


terça-feira, abril 17, 2007

domingo, abril 15, 2007

e não sei o que dizer quando me apetece escrever e as palavras não saem de dentro de mim, como se presas por um cordão de aço aos sítios onde vivem, onde moram, onde me mordem e desnorteiam. não sei para onde me virar nem que passos seguir, talvez invente caminhos nas pedras tristes da calçada que me acompanham todos os dias. talvez siga, talvez fique, talvez suba e me perca nas nuvens, ou então arrastarei os pés como uma condenada, e esperarei por fôlego. entre caminhos não sei que seta seguir. perdi o mapa algures na última curva, e agora estou sentada na berma da estrada, pernas cruzadas, olhar fito no horizonte, a mão em pala para proteger os olhos do sol que já surge, o corpo cansado de andar.

o que se faz quando não se sabe o caminho para onde se quer desesperadamente ir?

quinta-feira, abril 12, 2007

em abril, águas de março.


trezentos e sessenta e cinco alfabetos reescrevem-se trezentas e sessenta e cinco vezes por trezentos e sessenta e cinco dias.
como se a elis cantasse as águas de março e elas se atrasassem e chovessem em abril. como se o jobim me ditasse que afinal o verão começaria naquele dia, o passarinho voaria na mão, dentro da mão. como se o ditado guardasse a promessa de vida que se enrolava na cama e se aninhava nos lençóis de beijo primaveril.
trezentos e sessenta e cinco sonhos a verde, amarelo e vermelho, sonhados por esta ordem cromática e por mais nenhuma. trezentas e sessenta e cinco mãos vazias de espera guardada na palma, de resposta aguardada na língua - não a minha, a outra.
e foram e são e serão tempestades de areias, fruto da erosão desses alfabetos aguardados há muito mais, tão mais, demasiado mais do que trezentos e sessenta e cinco dias.

segunda-feira, abril 02, 2007

eu só queria uma coisa.




na praia deserta dos dias que passam
falo ao mar de coisas que vi
falo ao mar do que conheci.

(toranja)