quarta-feira, junho 27, 2007

desarrefecer a alma.


(quando eu andei a passear pelo algarve e tirei tanta fotografia olha-tão-bonito-o-mar-e-o-céu-e-falésias que já não sei que praia é esta)


segunda-feira, junho 25, 2007

red light night.


ter saudades de fazer figuras à sombra da luz.

quem...


... me oferece uma lomo?



(e vai grande para não fingirem que não viram!)

debaixo de ti o sol.



os passos em volta surgem em silêncio quando ela se volta do mundo em que adormeceu, os braços percorrem os lençóis ensonados quando o vazio aquece. ela tem sempre medo colado à pele, tatuado no sangue. receia o lugar que assusta quando a rede se vai embora, o e depois? surge gigante na ombreira delineada a contraluz, quando se apaga o mundo lá fora em centelhas de sombra.

ela sabe que as certezas apontam para o fugaz.
que contos de fadas não têm tradução.
que aposta sem ter como tapar o que será descoberto.

mas atira-se na mesma.

sexta-feira, junho 22, 2007

ah!

e é mesmo verdade que quando uma porta se fecha, abre-se algures uma janela.

catano.

honestamente que não tenho palavras para descrever...

... o quanto preciso de praia.
... o quão farta ando de pessoas intransigentes, mal-humoradas, prontas a atribuir culpas e a desdenhar os outros.
... o quanto adoro praia.
... o medo e arrependimento misturado com culpa que forma um nó na garganta que desce ao estômago e é um "e se" constante.
... o belíssimo antidepressivo que a praia é.
... a doçura que reside bem no fundo, só para mim.

... praia. praia. praia.

going nuts.

(como se pode provavelmente ver pela incoerência do post. mea culpa. estou pelos cabelos.)

terça-feira, junho 19, 2007

dez anos de ausências lidas em sussurro.


regressa do túmulo dos mares do sul
enterra os dedos na penumbra que separa o dia
da noite das cidades [...]

al berto,
a revisitar numa casa construída sobre palavras.

quarta-feira, junho 13, 2007

re.fuga.do.

há sempre o cinquenta e três e o botão branco,
a água da lavagem a entrar na esplanada e no balcão,
o trezentos e sessenta e cinco,
e as madressilvas.

segunda-feira, junho 11, 2007

crónica de um arrependimento anunciado.

é que me dóis, sabes. sinto-te no fim de uma linha, na ponta de um fio, e dói. dóis-me, sim, é isso o que se deve dizer quando me escapas das mãos, fugaz como uma gota de água. tanto que não sei, que não perguntei, que não me contaste. não sei por que és quem és, quem te fez. não sei o que te fez feliz. corta-me a pele ver-te reduzida a um espectro do que eras. aço percorre as veias, frio como o mais frio gelo, líquido e ondulante, quando te encontro o olhar encolhido. humilhado. vencido.


não pode, não pode.



dóis-me demasiado para te deixar ir embora.


ela.

e ela não me respondeu,

por ter farpas na boca

e flores mortas na voz.

e eu disse-lhe.

you'll never see the courage I know.*

[fiona apple, never is a promise].

sexta-feira, junho 08, 2007

yeah x3.

well, I've been dragged all over the place
I've taken hits time just don't erase
and baby I can see you've been fucked with too
but that don't mean your loving days are through
cause people will say all kinds of things
that don't mean a damn to me
cause all I see is what's in front of me
and that's you

well I may be just a fool
but I know you´re just as cool
and cool kids they belong together



terça-feira, junho 05, 2007

desenhas sorrisos como se o toque pintasse a cores na pele
gravas as tuas marcas dia e dia e dia
contagens feitas de horas meigas
em que o mundo se resguarda atrás das cortinas
e eu que tinha amarrado o coração
vi-me desdobrada de tudo aquilo que queria esconder.
gosto, com gosto.
.

eu quero:


no entanto, quando estive desempregada só queria trabalho.
agora, empregada, só quero praia.
eu nunca estou satisfeita.


ora abóbora.

segunda-feira, junho 04, 2007

(continuação)


vulnerável é deixar-me sentir.
vulnerável é apostar sem rede e ter medo, medo, medo.
vulnerável é adormecer com um sorriso.
vulnerável é desamarrar as reservas e deixá-las ir com o vento.
vulnerável é gostar. assim, só. com gosto.
e ter medo de cair, mas querer subir na mesma.
porque é bom.
because it freaks me out...

...


vulnerável é também arrepender-me das discussões que nos roubaram tempo. é sentir que afinal mal te conheço. é ver-te a ficar pequenina e chorar por dentro. e por fora. é sentir uma dor constante e um alarme de cada vez que pergunto por ti. podias ficar mais um pouco. se eu soubesse que me ia sentir assim...

...

and you can use my skin
to bury secrets in...

domingo, junho 03, 2007

andorinha.

para o teu regresso,
todos os dias serão primaveras.

sábado, junho 02, 2007

vulnerável.

and you can use my skin
to bury secrets in