quarta-feira, outubro 25, 2006

numa sala de espera, ali estava ele. olhar perdido na humildade de quem sabe que já não tem a força de tempos idos, os membros tolhidos como se uma força invisível os prendesse, os passos vagarosos, tacteantes. só os olhos brilhavam, iluminados pela luz que vinha do filho pequeno, irrequieto no seu carrinho de bebé, a sorrir a toda a gente, a descobrir tudo com os olhos inteligentes. as mãos dele tremiam, mas o olhar era sustentado pelo riso do filho.

comovi-me muito, ali, naquela sala de espera.

o ser humano é extraordinário.

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