sexta-feira, abril 28, 2006
quinta-feira, abril 27, 2006
contra a maré remar, remar...
sometimes I've believed as many as six impossible things before breakfast.
(lewis carrol)
(lewis carrol)
porque os impossíveis impulsionam-nos. porque não há nada como sonhar, que é o que nos leva a melhorar. recomeço a acreditar no impossível, no poder de torná-lo plausível. que é como quem diz que eu acredito que ele vai voltar em breve que se faz tarde, acredito que ela sorrirá como nunca no futuro, acredito que o mundo se vai tornando, lentamente, num lugar melhor. mas é que custa remar contra a maré de negativismo em que é tão fácil cair. e de onde me está a custar particularmente sair.
quarta-feira, abril 26, 2006
she's a maniac.
cinco manias:
da perseguição.
de sublinhar as palavras, as frases, os livros que alimentam os olhos, o coração e o corpo.
de escrever a meia-luz, falar a meia-luz, beijar a meia-luz, viver a meia-luz.
do toque. experimentar com o toque, conhecer pelo toque e gostar através do toque.
de guardar tudo e todos em mim. de fazer colagens em cadernos-memória desses tudos e desses todos.
da perseguição.
de sublinhar as palavras, as frases, os livros que alimentam os olhos, o coração e o corpo.
de escrever a meia-luz, falar a meia-luz, beijar a meia-luz, viver a meia-luz.
do toque. experimentar com o toque, conhecer pelo toque e gostar através do toque.
de guardar tudo e todos em mim. de fazer colagens em cadernos-memória desses tudos e desses todos.
o sorriso.
creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.
era um sorriso com muita luz
lá dentro, apetecia
entrar nele, tirar a roupa, ficar
nu[a] dentro daquele sorriso.
correr, navegar, morrer naquele sorriso.
[eugénio].
sim.
acho que foi isso mesmo.
um sorriso.
o sorriso.
há correspondência com:
[and the hours turn into days but still it feels like morning.]
domingo, abril 23, 2006
amor a cinquenta.
perguntaste-me se procurava o amor.
sim, procuro o amor.
e, por vezes, a procura é tão voraz, tão alarve, que acabo por me esquecer de mim nos meandros de paixões acendidas por desejos-rastilho menos sensatos.
mas (há sempre o contraste entre o que se constata agora ou em dias passados), sabes que sei quando um grande amor, um amor não (re)buscado, não procurado, mal encontrado, surge e me cala a respiração de forma abrupta e eficaz. surge e asfixia a vida.
sim, antevejo um final infeliz - ils ne se marièrent pas et n'eurent beaucoup d'enfants -, um final pouco cor-de-rosa, a roçar o cinzento, a côr que não é e não deixa de ser.
sabes? também eu queria queimar a amargura, perdê-la de vez no incêndio da alma velha e cansada, corpo gasto e retalhado.
também eu queria amaciar a aspereza, alisar as rugas do abandono, os relevos da dor e do desamor.
o que me fazia chorar eram as coisas. apesar de não ter nenhum desgosto. e quando dava por mim a chorar, sem causa aparente, é porque tinha visto qualquer coisa sem querer.
[samuel beckett, primeiro amor].
há correspondência com:
[I still only travel by foot and by foot it's a slow climb].
devine combien je t'aime.
gosto de ti esta altura toda, diz a pequena lebre castanha esticando-se muito.
e eu gosto de ti esta altura toda, responde a grande Lebre Castanha esticando-se ainda mais.
gosto de ti até à lua, diz a pequena lebre castanha.
[sam mcbratney, adivinha quanto eu gosto de ti].
por sentir que a minha altura se assemelha às minhas palavras.
porque não chegam. não alcançam. porque se voam muito alto, logo se quebram no chão do esquecimento.
há correspondência com:
[me and you and everyone we know.]
quinta-feira, abril 20, 2006
asas servem para voar.
a ausência é uma dor física que não mata mas mói, rasteirinha, insinuante. hoje todas as palavras te chamaram, todas as pessoas te esperaram, todos eram tu, apenas tu, só te pedia a ti, mais nada, e era feliz. asas servem para sair de uma vida que é uma espera, momentos feitos de nada que se desfazem e não deixam marca. a vida passa por mim e eu não consigo agarrá-la, desliza por entre os dedos com risos de troça, não deixando de me magoar com arestas afiadas, porque a vida não gosta de ser deixada para trás e a dor traz-me de volta.
apesar de tudo, a gratidão: antes esta meia vida que não te saber de cor como sei.
sábado, abril 15, 2006
parabéns a nós!
terça-feira, abril 11, 2006
com doze palavrinhas apenas, escreveu a sabedoria de estado de espírito.
há correspondência com:
[please mary poppins].
Subscrever:
Mensagens (Atom)