sexta-feira, dezembro 09, 2005

para ti.

Há sempre um piano
Um piano selvagem
Que nos gela o coração
E nos traz a imagem
Daquele inverno
Naquele inferno

Há sempre a lembrança
De um olhar a sangrar
De um soldado perdido
Em terras do ultramar
Por obrigação
Aquela missão

Combater a selva sem saber porquê
E sentir o inferno a matar alguém
E quem regressou
Guarda sensação
Que lutou numa guerra sem razão...
Sem razão... sem razão...

Há sempre a palavra
A palavra 'nação'
Os chefes trazem e usam
Pra esconder a razão
Da sua vontade
Aquela verdade

E para eles aquele inverno
Será sempre o mesmo inferno
Que ninguém poderá esquecer
Ter que matar ou morrer
Ao sabor do vento
Naquele tormento

Perguntei ao céu: será sempre assim?
Poderá o inverno nunca ter um fim?
Não sei responder
Só talvez lembrar
O que alguém que voltou a veio contar... recordar...
Recordar...
Aquele inverno



porque há que haver resistência.
está quase...
*

3 comentários:

Timmy Sá disse...

Porque nunca é demais dizer (...e voltar a dizer...):

Força, miúda! :)

João Tiago disse...

Estamos sincronizados?
Em que segundo vais?
É o sincronismo do amor, digo eu.
É a assincronia da saudade.

Canta comigo...

Estou quase a tocar-te B.


Shhh...já faltou tão mais..

B

Anónimo disse...

como dizia o Perestrelo...

"Aguenta coração!!!"


;) beijo miuda...
admiro-t "buéda muito"