segunda-feira, setembro 12, 2005

on the corner.



you can leave me

on the corner

where you found me



[cocorosie, not for sale].


hoje não tenho caracteres ilimitados para oferecer.

tenho cada veia que corre a gritar por uma explosão interior.

posso?

qualquer dia - um dia que poderá estar perto - perco o diminutivo e torno-me numa amargura pura e mordaz.

numa cara que não espelha um bom dia e que não passa a mão pelas costas dos outros.

qualquer dia, perco o sorriso feito de algodão-doce e passo a ser uma pipoca que nunca chegou a sê-lo, o milho que não estala e fica esquecido no fundo do pacote.












7 comentários:

elementar disse...

I could leave you
On the corner
Where I found you...
...but I didn't...

..cauze..
I'm too in love with your words..

Anónimo disse...

... és uma pipoca??
:D
fost tu k dissest... oh pipoca!
:P

Timmy Sá disse...

Não percas o diminutivo, Martinha... eu gostei de te conhecer assim... pequenina e com diminutivo...

Anónimo disse...

Assim que li o post vi-me obrigado a ir buscar um artigo da Anabela Fino entitulado "O Milho e a Pipoca", de Março de 2002. Aqui vai um excerto:

“[…] Comparando os homens com o milho, pretende que os primeiros só se transformarão no «que devem ser» quando, a exemplo do milho, passarem a prova do fogo que o transforma «em pipoca macia». […] Por outro lado, os que, «por mais que o fogo aqueça», se «recusam a mudar», são como «piruá», o milho de pipoca que fica no fundo da panela sem estourar, um triste destino a fazer fé na parábola, porque «não se vão transformar na flor branca e macia» e «não vão dar alegria para ninguém». […]
Ao contrário do que alguns pretendem, o milho não serve exclusiva nem principalmente para fazer pipocas: serve sobretudo para fazer farinha e pão que matam a fome a milhões de pessoas. As pipocas, pelo contrário, não passam de um aperitivo, engraçado mas irrelevante quando se trata de dar de comer a quem tem fome. […] Há […] engraçados e tão barulhentos que parecem milho a estalar na metamorfose para pipoca, mas quando se lhe mete o dente sabem sempre a pouco e nem é preciso muito tal como as pipocas, para se ficar enjoado.”

Tem bem mais valor ser milho... porque, como a Anabela Fino conclui, sem milho não há mesmo pipoca!

Paulo Aroso Campos disse...

pourquoi?

Raul disse...

easy girl... eu ainda não conheci a "martinha", que pelos vistos parece ser um contraponto à "amargura pura e mordaz", e ando curioso para o fazer ;) além disso, para amarguras basta-me saír de casa... se elas começam a "saír" pelo ecrã do computador é sinal de que algo vai MESMO mal no reino da dinamarca! tchau

couve-flor. disse...

;P
já passou...já passou...