hoje apetecia-me escrever a esperança. gostava de insuflar quem precisa com este valor, esta palavra que por vezes se esconde de nós. à espreita. à espera de uma abertura.
hoje queria ser mais eu, recuperar o riso inocente, perder o franzir da testa e o olhar (ainda? já?) desconfiado.
palavras fazem um mundo, palavras não se desdizem, palavras são punhais e plumas que nos atormentam. escrevo e gostava de lhes dar vida, de as ver crescer, tropeçar nos primeiros passos, correr. como se pudesse rasurar, riscar, voltar a escrever, e fazer tudo de novo. quando quisesse.
pode ser a dúvida a origem desta reflexão desenfreada, destas palavras que fluem como se voassem. se calhar foi a desilusão - sim. foi ela. - quem me tornou reclusa na introspecção - ocupada. tente mais tarde.
o mundo das palavras é um imaginário que reconstruímos e remodelamos à nossa medida. uma casa à qual vamos acrescentando quartos. o local onde não mentimos. a sensibilidade que vamos perdendo pelo caminho no outro mundo, o "real"...
hoje, gostava que estas letras fossem tão físicas e presentes como o sol e o vento.
quarta-feira, junho 15, 2005
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2 comentários:
Quando escreves consegues deixar as letras mto perto do sol *´
beijo
Durante anos acreditei que a máquina do tempo,seria a única maneira de me transportar para os tempos do sorriso ingénuo, do primeiro beijinho e do primeiro dissabor, e amor, e tudo o que fosse o primeiro..
Agora, devagarinho, À velocidade do mais lento caracol, vou descobrindo que "there's no such thing, like the time machine.." e que a única máquina que há, é o vento, que nos sopra para a frente B..
E lá, bem à frente, em sitios que ainda nem sequer conhecemos, estão os sorrisos ingénuos e os olhares incertos.. sim, estão lá :) será que não os consegues sentir? O cheiro.. o cheiro é sempre o primeiro que sentimos..
J
*
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