segunda-feira, junho 13, 2005

hot hot cold.

tornear as adversidades, as esquinas mais imperfeitas dos dias que correm e deixar a água correr.
não sei como controlar a torneira. como impedir que a água fique demasiado fria, demasiado quente.
como não deixar o corpo arrefecer.
gelar, por vezes.
queimar a pele, vezes demais.

receio que ninguém me consiga ler.
não sei por que razão surge este medo.
chego a recear mais a leitura completa de quem sou.


6 comentários:

João Tiago disse...

Pequena grande Marta :

Há uns breves dias atrás, eu escrevi um post acerca de ter aberto a torneira do banho para o lado esquerdo, com o grande pormenor, ou melhor, com os grandes pormenores, de nunca o ter feito em 21 anos de vida e mais que isso, com o facto de o ter feito sem queer..

E sabes que mais? sabes como me senti?

Como um puto, que queria entrar no banho pq adora mergulhar, mas tem sempre medo de saltar para a água.. e porquÊ? Porque mesmo que saiba que vou adorar, sei, também, que a água está mais fria que o meu corpo.. e esse choque assusta..

Não tenhas medo de não conseguires controlar a torneira.. e se tentares antes, ver como te sentes depois do choque?

Um beijinho grande, pequena :)

*

João Campos disse...

Identifico-me muito com este post...acho que passei este ano todo a deixar a água correr, umas vezes por medo, outras pela indefinição em que alguns capítulos da minha vida se tornou.
Mas pronto, há que assumir os meus actos (ou a falta deles) e acho que fiz o que tinha de ser feito. Pode ser que isso também aconteça contigo.
Quanto à água, uma vezes vai sair mais fria, outras mais quente, e na maior parte dos casos não te cabe a ti essa decisão.

Beijo e tudo de bom (até a água :P)

P.S. - Embora o negues, mantenho: está fantástico.

Anónimo disse...

Sinceramente, nunca me passou pela cabeça comentar este blog.... Apesar de gostar bastante de cá passar de quando em vez!

Desculpa intrometer-me, mas acho que o teu receio é infundado... Já comentei com várias pessoas o que sinto quando leio o que escreves.... Nunca nada que tivesse sido escrito num blog me conseguiu tocar tanto como qqer post que tu coloques... É forte, é profundo e envolvente...

Desculpa a intromissão (nem deves saber quem sou) mas achei que te devia agradecer pelo que escreves... Não podia deixar de apreciar!!

Anónimo disse...

subscrevo... é uma escrita realista e intima sem ser demasiado presa aos pormenores... às coisas que efectivamente não importam....

Paulo Aroso Campos disse...

Para quando a tentativa de algo um pouco maior, uma história? Quero ler quando houver!

couve-flor. disse...

diana:se és a diana d'A Cabra ÓBVIO que sei quem és!
de qualquer forma,o que tu escreveste coloca-te logo no meu pensamento e memória!porque é lindo!e eu nunca pensei que alguém pudesse gostar do que escrevo...e sou verdadeira qd o digo...acho que tens de passar aqui mais vezes e deixar marcas,sempre...o que gostas, o que n gostas...diz tudo...

mary:eu gostava tanto que houvesse uma palavra mais forte do que "obrigada"...e reticências que fossem ainda mais reticências...(sem palavras).

obrigada.do fundo de um coração morto-vivo:P


paulinho: histórias? tenho muitas para contar...mas a minha pp vida é uma gd história...daquelas que inspiram telenovelas mexicanas, venezuelanas,TVIanas...eheh