quinta-feira, maio 19, 2005

diálogo(s).



- estás sempre a escrever. por que não escreves um livro?
- porque não saberia escrever-te.
- mas tu não és eu [dirias].
- não, mas transformei-me em ti, a partir do momento em que me apresentei vazia perante o teu rosto, em que me lancei oca nos teus braços livres, em que esperei acreditar numa verdade-verdade, verdade branca.
não, tu não és mais do que um enredo falso, uma estória fantasiosa de final enegrecido pela incerteza.
- não te quero ver chorar. [disseste]
- então, é melhor fechares os olhos. é melhor fechares os olhos, meu amor.

2 comentários:

Paulo Aroso Campos disse...

já agora... estás doente agora ou são fotos de arquivo? ;)
kiss

Nani disse...

Martita sabes que gosto muito do que escreves.. Mas desta vez superaste-te... é daqueles que tu lês e e voltas a ler vezes sem conta sem nunca deixares de gostar...

:)

bjinhos*