terça-feira, agosto 29, 2006

viajar[-nos] por serras, por montes, por rios, por estradas acima.


como se a Terra corresse
inteirinha atrás de mim
o medo ronda-me os sentidos
por abaixo da minha pele
ao esgueirar-se viscoso
escorre pegajoso
e sai
pelos meus poros
pelos meus ais
ele penetra-me nos ossos
ao derramar-se sedento
nas entranhas sinuosas
entre as vísceras mordendo
salta e espalha-se no ar
vai e volta
delirante
tão delirante

é[s] como um sonho acordado

(...)

esses olhos no escuro.


[fausto, como um sonho acordado].

2 comentários:

Susana Fonseca disse...

Como uma lembrança, de uma adolescência em que alguém muito especial me deu a conhecer este album.

JN disse...

A obra-prima do Fausto recorda-me tempos que iniciaram sonhos e paixões de uma vida. Recorda-me os meus tempos de menino... Preenche-me de alegria.
Obrigado por me relembrares. ;)