segunda-feira, junho 11, 2007

crónica de um arrependimento anunciado.

é que me dóis, sabes. sinto-te no fim de uma linha, na ponta de um fio, e dói. dóis-me, sim, é isso o que se deve dizer quando me escapas das mãos, fugaz como uma gota de água. tanto que não sei, que não perguntei, que não me contaste. não sei por que és quem és, quem te fez. não sei o que te fez feliz. corta-me a pele ver-te reduzida a um espectro do que eras. aço percorre as veias, frio como o mais frio gelo, líquido e ondulante, quando te encontro o olhar encolhido. humilhado. vencido.


não pode, não pode.



dóis-me demasiado para te deixar ir embora.


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