lisboa multiplicada por cento e dois é tudo sobre ti. e tudo sobre ti são acidentes – como o que matou esteban – inesperados e passíveis de acontecerem por buscarmos o mais desejado. uma correria contra a natura, uns passos mais incertos em torno do ansiado e ponto.
respira fundo, até ao umbigo – princípio de ti. vais ver que regressas como serás. porque o que tu eras – tu foste? –, o que tu eras era um fim. é como aquela faixa dos calexico: começa pelo fim para dar início à melodia mais canção de sempre. lembra-me sintra e a promessa. vês agora porque insisti tanto em voltar atrás? porque tínhamos dito que voltávamos. e eu engulo as promessas – se não as cumprir, não digiro bem os dias seguintes.
sintra tem aquelas ruas estreitas que apertam as palavras. tudo se eterniza ali. até o medo. o medo dividido por nove – o número que queria ser redondo, mas não conseguiu.
não digas a ninguém – porque os segredos são para guardar no escuro -, mas não gosto de olhar para trás de ti. há lodo no cais do teu passado. gosto de olhar para onde apontam os olhos e de ficar à tua espera.
diz a toda a gente – porque os sonhos são para plantar à luz do dia – como é bom esperar-te quartaquintasextasábado, como é bom esperar-te naquelas semanas em que os dias estão colados ao fim-de-semana.
respira fundo, até ao umbigo – princípio de ti. vais ver que regressas como serás. porque o que tu eras – tu foste? –, o que tu eras era um fim. é como aquela faixa dos calexico: começa pelo fim para dar início à melodia mais canção de sempre. lembra-me sintra e a promessa. vês agora porque insisti tanto em voltar atrás? porque tínhamos dito que voltávamos. e eu engulo as promessas – se não as cumprir, não digiro bem os dias seguintes.
sintra tem aquelas ruas estreitas que apertam as palavras. tudo se eterniza ali. até o medo. o medo dividido por nove – o número que queria ser redondo, mas não conseguiu.
não digas a ninguém – porque os segredos são para guardar no escuro -, mas não gosto de olhar para trás de ti. há lodo no cais do teu passado. gosto de olhar para onde apontam os olhos e de ficar à tua espera.
diz a toda a gente – porque os sonhos são para plantar à luz do dia – como é bom esperar-te quartaquintasextasábado, como é bom esperar-te naquelas semanas em que os dias estão colados ao fim-de-semana.
*radiohead.
2 comentários:
ler reler
e pensar "Como é que ela consegue escrever assim?"
e nem sequer ter coragem para pôr pontos finais e maiúsculas nesta resposta porque tudo parece insignificante ao pé de um dos teus mais bonitos e intensos textos.
pensei ate nao colocar os parentesis mas isto assim fica sem sal
percebes porque mais ninguem
escreve assim como tu?
entranham-se as tuas palavras e quando as sentimos a fugir esticamos o braço, depois o outro para as agarrar mesmo quando sabemos que elas voam
é pecado não ler este teu texto e há tantos que o deveriam ler
mas também é pecado escrever sem pontos e maiúsculas
ponto final.
so tu Marta
beijo do teu fã número 1
eu sou o fa 1,5
:)
gostava tanto de tambem ter esses dias colados ao fim-de-semana
mas a mim e so meses colados uns aos outros :(
beijo pa tu amora
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