sábado, junho 11, 2005

l-o-v-e?

desconfio que o amor manda mais que a nossa vontade.
o amor é um monstro e, ainda assim, quando não o temos desesperamos por ele, e quando o vivemos asfixiamos na convivência.
do que percebo disto, quando uma metade controla, a outra descola.
o amor não é uma doença incurável, mas até ao colapso final pode dizimar algumas vidas. em especial a vida própria.
quantas pessoas já terão terminado uma relação depois de terem analisado que o mau superava o bom? acabar uma relação para ficar sozinho é um acto de coragem. numa relação que se tornou uma doença, os sintomas também aparecem rapidamente e tendem a alastrar-se sem pedir licença. às vezes é preciso acabar antes disso. para que o amor seja pelo menos uma boa memória.
perceber que o amor não é bem aquilo que sonhámos ainda pode ser mais mortal.

(in "O sexo e a Cidália", Grande Reportagem de hoje)


fiquei a pensar nisto.
sempre achei que quando sentimos (bem ao jeito de rui veloso) que "muito mais é o que nos une que aquilo que nos separa", tínhamos algo de bom.
interessante é pensar que mesmo o que é bom pode não ser saudável.

enfim... deambulações!

5 comentários:

Mákina disse...

Ai o Amor, o Amor!
Tudo é complicado no Amor!
As coisas más, vão surgindo ao mesmo tempo que as coisas boas. O bom, é poder olhar só para as coisas boas, e ser tolerante. Tolerância é algo que cada vez vai havendo menos, mas que se tem de ter sempre em prol da felicidade.
Tolerância e muita imaginação! Dar vida à imaginação não nos importando com nada que os outros possam pensar, divertindo-nos o máximo possível.
Beijocas

Timmy Sá disse...

verdade é que mesmo o que é bom pode não ser saudável.. mas não será muito distinto dizer que nem tudo o que é bom é prejudicial... :P
(é apenas uma forma diferente de dizer a mesma coisa...)

eu acho que o amor é daquelas coisas boas que só nos fazem bem... aquilo que nos faz mal, de certeza que não é o amor... são outras coisas que nada têm a a ver ;)

oh, well... just a thought, anyway.

João Tiago disse...

apenas nos resta esperar, então, que o que for saudável, seja bom também..

:)

*

Anónimo disse...

em axo k nenhum amor é saudável, senão não era amor....mas isso se calhar sou eu....que no amor dou o que tenho e o que não tenho, tornando-me insana, por vezes, se calhar muitas vezes...

Rita Delille disse...

nunca se ama quando não se ama demasiado, quem é que disse isto?
encher-me do amor de outra pessoa. que experiência desastrosa. contudo, lolita (aka A.M ?), eu tb acho preferível amar excessivamente do que aquele amor morno com o qual eu não sei bem lidar. embora proclame para mim mesma que o amor deve ser calmo e fazer-nos felizes, acredito no arrebatamento, no sorriso permanente por o outro existir. um sorriso meio esquizófrenico, aliás. que não é bem felicidade mas, antes, alheamento de tudo o que é real. Mas para que serve o amor senão para nos levar daqui para fora e para nos fazer sentir que encaixamos tão bem aqui. A doce ilusão que depois nos desilude. a imaturidade permanente. a montanha russa. por mais que decidamos ter um amor saudável, vamos sempre fechar os olhos para nos lembrarmos do amor que um dia quase nos matou.